segunda-feira, 30 de junho de 2008

Erro do poeta



Trêmula carta em minhas mãos, goteja
Água pura e meu coração lampeja
O sal da terra o sal do mar que almeja
A vida luz que minha alma deseja

Não são as palavras que me corroem, o tempo


São as intenções que me destroem, a tempo


Na tentativa de findar a vida
Li esta carta pra abrir ferida.

Ninguém gosta de ti - dizia ela
Eu te odeio ainda mais, reli
No conta gotas da terceira página
A consciência busca o coração, e ri.

Na impaciência deste ódio infame
Sai à rua sem nenhum vexame
Tratei de ir a sua casa bendita
Pra te expor meu amor, maldita!

E sem pensar quando abriste a porta
E sem pensar apontei o cano
E em referência a um triste engano
Hoje é Marta e não Lola que está morta.


(imagem:dead_end de Morteza Katouzian Art )


3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Ai coitada...
Melhor prestar mais atenção nas nossas intenções...e na dos outros.
Bjo

O Profeta disse...

Dramática, mas bela a tua poesia...


Hoje o céu desceu em beijo à terra
Hoje acordei com os sinos a tanger
Um manto de cristal e fino orvalho
Ajudou mais uma flor a nascer

Cada gota prende um suspiro
Descem do celeste em doces canções
A terra prende-me o sonho
Em manto de contradições


Convido-te a partilhar a Serenidade


Bom fim de semana


Mágico beijo