
Trêmula carta em minhas mãos, goteja
Água pura e meu coração lampeja
O sal da terra o sal do mar que almeja
A vida luz que minha alma deseja
Não são as palavras que me corroem, o tempo
São as intenções que me destroem, a tempo
Na tentativa de findar a vida
Li esta carta pra abrir ferida.
Ninguém gosta de ti - dizia ela
Eu te odeio ainda mais, reli
No conta gotas da terceira página
A consciência busca o coração, e ri.
Na impaciência deste ódio infame
Sai à rua sem nenhum vexame
Tratei de ir a sua casa bendita
Pra te expor meu amor, maldita!
E sem pensar quando abriste a porta
E sem pensar apontei o cano
E em referência a um triste engano
Hoje é Marta e não Lola que está morta.
E sem pensar apontei o cano
E em referência a um triste engano
Hoje é Marta e não Lola que está morta.
(imagem:dead_end de Morteza Katouzian Art )
3 comentários:
Ai coitada...
Melhor prestar mais atenção nas nossas intenções...e na dos outros.
Bjo
Dramática, mas bela a tua poesia...
Hoje o céu desceu em beijo à terra
Hoje acordei com os sinos a tanger
Um manto de cristal e fino orvalho
Ajudou mais uma flor a nascer
Cada gota prende um suspiro
Descem do celeste em doces canções
A terra prende-me o sonho
Em manto de contradições
Convido-te a partilhar a Serenidade
Bom fim de semana
Mágico beijo
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