quarta-feira, 18 de março de 2009

Concessão

Quando o poeta permite que as palavras possam fluir
Assim, do nada
Ele sabe o que está dizendo
Quando o poeta permite a construção lúdica do amor
Assim, do nada
Ele sabe porque esta sentindo
Quando o poeta permite a sequência sem rima
Ele certamente espera uma emoção
Quando o poeta nos chama
Ele certamente deseja nossa atenção
Para versos reversos
Rimas no ritmo do coração
Métricas no pulsar da paixão
Quando o poeta permite a leitura do seu eu poético
Entrega-se ao não poder
Viver o que deseja no seu íntimo
Quando o poeta relê seus versos
Vive novamente o não vivido
Beija lentamente os lábios da amada
Entrelaça seus braços ao dela
Fita-a com ternura e diz:
- Amor... nunca rimará com dor

3 comentários:

Anne M. Moor disse...

Linnnnnnnnnnnnnnndo! Gostei especialmente de:
"Para versos reversos
Rimas no ritmo do coração
Métricas no pulsar da paixão"

Fantástico...

Beijos

Suzana disse...

Elogio de amiga não vale!
bjs

Anônimo disse...

Acho que você fez esse poema
do nada
Parabéns. Ficou bonito.

Benedito Bergamo